domingo, 13 de fevereiro de 2011

Desejo de saudade

Um cheiro de saudade invadia todo o cômodo e enquanto ela se virava para sonhar,sonhava em acordar.
Lá,o sino próximo, tocava.O aroma de macarrão instantâneo misturado com uma poeira- que toda a faxina semanal não tirava-permaneciam.O chuveiro,por vezes quente demais e outras frio,ainda pingava.Todas aquelas garrafas de água se perdiam em meio as roupas largadas.O tapete continuava ali,branco.E a recordação do cachorro também.As horas batiam e a cada quarto a igreja avisava.O amianto sempre aumentou a sensação de efeito,não culpe o sol.A lua anuncia a reunião.Hora de ir.Hora de chegar.Os risos anunciam o afeto e o sino ainda toca cada vez mais perto.Aqueles dois guiam o caminho.É hora de ir.Os perfumes confirmam!O telefone toca e a palavra saudade refaz sentido.É hora de dormir.Hora de sonhar.
Aqui,o barulho dos carros incomoda.A via está logo aí.Não exitem roupas ou garrafas espalhadas.Tão pouco tapete.  Não há sabor de sinos nem sons de poeira.É hora de acordar.

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